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Algumas consultas com impacto

Vítima ou curadora?

Uma rapariga dos seus vinte e poucos anos veio perguntar porque não conseguia dizer Não. No trabalho, por exemplo, sabendo que o que lhe estava a ser pedido ou, por vezes, mesmo exigido era abusivo, mesmo assim tinha dificuldade em dizer Não.

Durante a leitura, Coyochi apercebeu-se de que tinha havido um abuso na infância e perguntou se ela se lembrava disso. Ela respondeu que sim, quando era muito nova um tio tinha tocado nela de uma forma indevida. Ela não se lembrava bem da situação porque os pais, como talvez seja compreensível, não falavam muito sobre isso. Mas lembrava-se que tinha havido uma discussão entre os adultos e que a situação não tinha voltado a acontecer.

Ao longo da leitura, agora já como adulta e de alguma forma desperta para a espiritualidade (ou não teria vindo a uma leitura de Tarot), ela foi capaz de entender o que se passou numa perspetiva mais profunda.

Por exemplo, foi capaz de entender que não existe uma fonte do Mal, existe apenas uma fonte do Bem e que, por isso, a decisão de ter escolhido esta família tinha sido dela, como Espírito, antes de nascer. Também ficou ciente que os ancestrais da sua família estavam agradecidos pela mudança e cura que ela tinha manifestado por ter aceite viver aquele evento - o que lhe tinha acontecido em criança serviu para expôr algo que se tinha mantido, até aí, escondido no escuro, ao longo de várias gerações.

Com a ajuda dessa consulta, ela foi capaz de entender que, na realidade mais profunda onde se encontram as causas das coisas, ela nunca tinha sido uma vítima. Na realidade, ela era uma curadora, apenas não tinha consciência disso. E, ainda por cima, uma curadora de coletivos - neste caso, da ancestralidade de uma família.

Essa consulta permitiu-lhe trazer à sua auto-consciência algo importante que, até aí, tinha sido mantido na sombra, como se fosse algo menos importante.

Daí em diante, percebendo que um dos objetivos principais da sua vida tinha sido cumprido com sucesso, sentiu-se livre e mais empoderada para reaprender a dizer Não e a defender o seu espaço e território.